A lua cheia irradiava luz sobre a casa grande. Na varanda, Adriana se apoiava sobre o parapeito de madeira, com a caneca de chá ao seu lado. Lembrou das noites que passou na casa dos avós durante a infância. Era mágico. Agora ela estava ali novamente, depois de muito tempo longe.
— A janta está pronta minha querida! — Falou Josefa da cozinha.
Adriana tomou o restante do chá e entrou na casa. Josefa estava colocando as panelas na mesa. Antônio sentado na poltrona da sala lia um livro. Parou de ler, lavou as mãos e foi para a cozinha. Sentou á mesa e começou a se servir. Adriana lavou as mãos e se juntou aos avós na mesa.
— Já desfez as malas? — Perguntou Antônio.
— Já ! Nem são muitas coisas. Não trouxe quase nada.
Josefa abraçou Adriana e disse:
— Não se preocupe com isso minha filha. Não vai te faltar nada.
— Obrigado por tudo que vocês estão fazendo por mim!
— Nós queremos o seu bem! — Falou Antônio.
Os três continuaram a jantar e recordar as histórias da infância da Adriana. De quando a inocência não lhe havia sido tirada. Depois da janta, Josefa arrumou a cama do quarto de visitas, Antônio desejou boa noite a Adriana, Josefa a abraçou novamente e lhe beijou ternamente a testa. Saiu do quarto e fechou a porta. As luzes da casa se apagaram e todos foram dormir.
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Publicado originalmente em 12 de Junho de 2020.
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