Hoje a tarde decidi ir fazer compras. Como não tinha me exercitado durante a manhã, decidi ir até a vila a pé.
A distância da minha casa até o início da vila é de um quilômetro, e eu sempre caminhava esse trajeto quando perdia o ônibus que ia para a escola.
O céu estava nublado, mas eu não queria levar o guarda chuva, convicto de que não ia chover, disposto a arriscar.
Cheguei na padaria, escolhi algumas coisas e a atendente me pediu se eu queria uma caixa de papelão.
A padaria também funciona como um minimercado, eu tinha escolhido muitas coisas e ainda queria pacotes de açúcar e de arroz.
Aceitei a caixa, esquecendo completamente que estava de a pé e seria complicado carregar aquilo.
Me dei conta muito tarde e não queria deixar aquelas coisas lá. Decidi arriscar, e até que não foi tão difícil, quando um braço começava a doer, eu mudava a caixa para o outro.
Lembra que o dia estava nublado e eu não levei guarda – chuva? Começou a cair uma garoa, ela engrossou e por fim estava chovendo.
Eu até pensei em me abrigar em algum lugar, mas acabei desistindo, fui carregando aquela caixa na chuva.
Por um momento eu pensei que aquela caixa pudesse desmanchar com a umidade, mas cheguei em casa antes disso acontecer.
Não foi tão ruim. Até porque, o meu vacilo virou crônica.
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Publicado originalmente em 23 de Setembro de 2019.
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