Nada Mesmo

Foto de Ron Lach
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Meu objetivo aqui é simples, não vou escrever sobre nada, nada mesmo. Nada que seja relevante, que passe nos jornais ou mereça a sua atenção. Você não vai conseguir extrair deste texto, nada que possa usar como conversa de elevador. Se esta crônica fosse um livro, arrancariam as folhas e usariam para se limpar. É isso, pode ir lavar roupa, beber algo ou seja lá o que você queira fazer.

Durante essa crônica, não vou te dar esperança, arrancar seus sentimentos ou te comover. Estou aqui, roubando seu tempo sem lhe dar nada em troca, um furto literário. Mas não me leve a mal, no fundo, não são más intenções. Se leu até aqui, continue, vamos juntos percorrer essa crônica inútil. E você está indo bem, já leu dois parágrafos.

Essa é uma conversa fiada, ou talvez ainda mais inútil. Não será lembrada no futuro, seu título não será mencionado em uma roda de amigos. Os críticos não verão necessidade de comentar um texto tão ruim. Se as crônicas tivessem pernas e pudessem andar pela rua, esta seria alvo de pombos, de vaias, e tropeçaria em algo antes de chorar em algum canto. Essa é aquela mensagem que você espera, e ele(a) não manda, pois não têm nada a dizer. Ou a mensagem que você pensa em enviar mas acredita que tudo já foi dito. E o vácuo continua…

Minha intenção foi escrever a crônica mais inútil existente, que falasse absolutamente nada. Falhei miseravelmente. Mas talvez um dia eu escreva um livro bem grosso, com folhas finas e letras pequenas, sobre nada, nada mesmo.

07/01/23

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