Ontem me deparei com um outdoor gigante de cores chamativas e com a frase: “A melhor Costela do Sul do Mundo”. Eu sei, você sabe, todos nós sabemos que talvez essa famosa costela não seja nem a melhor da cidade. Mas o preço, esse sim deve ser o maior do sul do mundo. Me soa como uma frase arrogante e inconsequente, beirando o ridículo. Essa placa serviu um pouco ao seu propósito, despertou em mim a vontade de comer costela, na concorrência. Precisava provar uma costela real, sem prêmios fictícios autoproclamados, talvez um desses com mesas de boteco e um marketing fajuto, mas sincero.
Quem sou eu pra falar de Marketing? É a pergunta que eu me faço desde que vi aquela placa. De uma forma simples, não sou ninguém, mas podemos levar em conta que sou um consumidor, mesmo não fazendo parte do público alvo daquele outdoor. Sou afetado diariamente pelo marketing, inconscientemente ele me faz comprar itens bons ou ruins, me auxilia e me engana. Tenho a convicção de que se o marketing é exagerado, a proposta do produto pode não valer a pena . É claro que provavelmente a intenção nesse caso esteja funcionando, e o público alvo seja alcançado, pessoas que têm o dinheiro e pretensão de serem os felizes consumidores da suposta melhor costela do sul do mundo.
Em alguns casos o marketing realmente me encanta positivamente. Como por exemplo de outro Outdoor que eu vi recentemente com a seguinte frase: “Viu? Anuncie aqui!” O anúncio me proporcionou um riso genuíno, e me fez pensar como essa frase é tão simples e sincera, e além disso, nada ofensiva para a concorrência.
Outra coisa que me deixa indignado no marketing é a ausência dele. Como por exemplo um vendedor de “Porcarias Fisioterapêuticas” que eu infortunadamente conheci. Vendedor comissionado de uma empresa praticamente invisível. Tinha o produto, que aparentemente levanta defunto e suspende qualquer necessidade de atividades físicas. Tinha a lábia de quem sabe coagir usando a saúde, ou melhor, a falta dela. Queria me fazer acreditar naquela meia hora, que se importava mais com a saúde da minha família do que eu que os conheço desde sempre. Mas enfim, vamos ao marketing. O salafrário mencionava que eu podia pesquisar o nome da empresa no “Reclame Aqui”, e não haveria qualquer reclamação correspondente. Foi o que eu fiz, e foi o que aconteceu, mas fiquei pensando: “Porque uma empresa pequena não têm reclamações e ainda se vangloria disso, se outras marcas tão conceituadas recebem alguns “esculachos”? A suposta empresa tinha algumas redes sociais vazias e outras com informações pouco relevantes. Tudo soava a golpe, inclusive a informação de que aquela era uma oportunidade única, pois ele iria voltar para Porto Alegre para nunca mais voltar. Cerca de 3 meses depois o vejo por três dias seguidos. Aparentemente a empresa existe, mas está passando vergonha investindo em vendedores mercenários em vez de planejar um marketing atraente.
Essas são algumas das minhas divagações sobre Marketing, seus exageros e sua ausência. A propaganda continua sendo a alma do negócio, mas sem prêmios fictícios, por favor!